Algumas horas antes expirar a ordem de proibição para navios de cruzeiro voltarem a navegar, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) estendeu por mais trinta dias.
Essa ordem continua suspendendo as operações de passageiros em navios de cruzeiro com capacidade para transportar pelo menos 250 passageiros nas águas sujeitas à jurisdição dos EUA.
Os dados relatados ao CDC de 1º de março a 29 de setembro de 2020 mostram que houveram pelo menos 3.689 casos de COVID-19 ou de doenças semelhantes a COVID em navios de cruzeiro em águas dos EUA, além de ao menos 41 mortes.
Surtos recentes em navios de cruzeiro no exterior fornecem evidências de que os cruzeiros podem continuam a transmitir e amplificar a propagação do SARS-CoV-2, o vírus que causa COVID-19, mesmo quando os navios navegam com capacidade reduzida de passageiros. O temor é de que a infecção se espalhe nas comunidades dos EUA, se as operações de passageiros forem retomadas prematuramente.
A prorrogação corresponde a uma recomendação feita em relatório anterior, pelo Diretor do CDC, Robert Redfield, de estender a proibição de navegação até fevereiro de 2021. No entanto, a Casa Branca só permitiu uma prorrogação até o final de outubro de 2020.
Esta é a terceira vez que a proibição de navegação foi prorrogada, após ser implementada pela primeira vez em 13 de março. O “No Sail Order” é uma política do CDC que restringe o embarque de passageiros nos principais navios de cruzeiro dos Estados Unidos, devido à pandemia.
A empresas Royal Caribbean Group e a Norwegian Cruise Line Holdings se uniram para formar um comitê independente para encontrar uma maneira de os navios de cruzeiro operarem de maneira saudável, conhecida como “Healthy Sail Panel”.
No final de setembro, o Painel definiu uma lista com 74 etapas detalhadas sobre como um navio de cruzeiro pode operar com segurança, apesar da pandemia.
O “Healthy Sail Panel” estabeleceu as ações necessárias que cada operador de cruzeiro deve colocar em prática, para melhorar a saúde e a segurança dos hóspedes e da tripulação e reduzir o risco de infecção e disseminação de COVID-19 em navios de cruzeiro.